Centro Interpretativo Memórias da Misericórdia de Braga
Palácio do Raio
Contactos:
Palácio do Raio
Rua do Raio
4700-920
Braga
253 206 520
(Chamada rede fixa nacional)
Horário Inverno (outubro a março):
Ter a Sáb.: 10h às 13h e 14h30min às 17h30min
Horário Verão (abril a setembro):
Ter a Sáb.: 10h às 13h e 14h30min às 18h30min
*A última entrada efetua-se 30 minutos antes do encerramento.
Encerra ao Domingo e Segunda
Com mais de 250 anos, o Palácio do Raio ou Casa do Mexicano, como também é conhecido, iniciou em 2015 um novo capítulo da sua história, abrindo-se ao visitante como Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga.
Construído em 1752-54, por encomenda de João Duarte de Faria, poderoso comerciante de Braga, e projeto de arquitetura é de André Soares, sendo um dos mais notáveis edifícios de arquitetura civil da cidade de Braga, em estilo barroco joanino.
O palácio foi vendido em 1853, por José Maria Duarte Peixoto, a Miguel José Raio, visconde de São Lázaro, que imortalizou o seu nome no palacete. Nascido em Braga, na rua da Cruz de Pedra, em 10 de maio de 1814 e falecido em 14 de agosto de 1875, enriqueceu no Brasil, mais precisamente em Belém do Pará.
O novo proprietário fez um conjunto de alterações artísticas no edifício, de que é exemplo o revestimento da fachada principal com os característicos azulejos azuis que hoje podemos apreciar. Em 1863, abriu a rua em frente do palácio, para permitir uma melhor visão da sua casa e poder construir duas habitações para as suas filhas.
Em 1882 os herdeiros de Miguel José Raio viram-se obrigados a ceder o palácio ao Banco do Minho para pagamento de dívidas, que por sua vez o vende à Misericórdia de Braga, em 1884, para neste instalar alguns serviços do Hospital de S. Marcos, que a Instituição geria desde 1559.
Fez parte do hospital até 2011, altura em que o hospital de Braga foi deslocalizado para a zona das Sete Fontes. O edifício devoluto voltou à utilização da Misericórdia que o reabilitou integralmente, num projeto co-financiado pelo ON.2 – O Novo Norte.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1956.
No Centro Interpretativo poderá contemplar a história multissecular da Santa Casa de Braga, dividida por dez salas temáticas. A visita começa com a evocação dos maiores símbolos da arquitetura bracarense: André Soares e Carlos Amarante. O visitante é convidado a conhecer a história da Irmandade da Misericórdia de Braga e do Hospital de São Marcos, através da arte sacra, pintura, escultura , cerâmica, ourivesaria, artigos hospitalares e da botica, bem como documentação arquivística. O acervo da exposição permanente é apresentado de forma interativa e dinâmica, com vídeos e outros elementos que permitem também contemplar toda a beleza arquitetónica e artística do edifício.
Destaca-se, também, o património imaterial da Santa Casa relacionado com manifestações hodiernas como é o caso da procissão do Senhor ‘Ecce Homo’, organizada desde tempos antigos pela Misericórdia.