Irmandade

Bernardo Reis

Provedor

Tomada de Posse Órgãos Sociais

2019-2022

Resenha Histórica

Ainda não se conhece a data exacta da fundação da Confraria da Misericórdia da cidade de Braga, actualmente, as pesquisas, indicam uma data aproximada da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Braga.

Através dos Livros das Provisões da Santa Casa da Misericórdia do escrivão do público e judicial, João Barros Pereira de 10 de Março de 1756 e do escrivão Francisco Ventura Maciel, de 20 de Maio de 1794, conhece-se a Carta de privilégios e liberdades, concedida por D. Manuel em 31 de Maio de 1514 para que a acção da Instituição bracarense pudesse encontrar maior êxito.

Na carta o Soberano reconhecia também o muito e " contínuo " trabalho que já tinham os dirigentes da Confraria. Por ela sabemos ainda que houvera um antigo "Compromisso", que regera a Confraria da Misericórdia de Braga e que nesse ano de 1514 fora então confirmado e melhorado. Porém há documentos de 1504 onde se refere a existência das Misericórdias de Lagos e do Porto e onde, nesses documentos, Braga é tida como a irmã mais velha da Misericórdia de Lisboa. Também há documentos que referem a edificação da Capela, chamada da Misericórdia Velha, em 13 de Abril de 1509.

É de admitir que no início do arcebispado de D. Diogo de Sousa em 1505, cujas funções desempenhou até 1532, já existisse a Confraria da Misericórdia de Braga. Com este prelado passou a dispor de melhores instalações e entre 1513 e 1530 (não se sabe a data certa) foi agasalhada na capela de Jesus da Misericórdia, que ele fundara na Sé.

Na segunda metade do século XVI outros prelados ficam notoriamente ligados à Misericórdia de Braga. Primeiro D. Frei Baltazar Limpo, de seguida D. Frei Bartolomeu dos Mártires dão o seu apoio à construção da nova Casa, que a Confraria da Misericórdia queria erguer para melhor prover os pobres, doentes, presos e cumprir outras obras de Misericórdia. As autoridades seculares da cidade deram o seu consentimento como, aliás, era necessário.

Obtidas as autorizações indispensáveis, assegurados minimamente os recursos materiais (alguns provenientes das vendas de bens imóveis e outros donativos) a obra realizou-se. Com o novo edifício para o culto e para os serviços, a prática das obras da Misericórdia - materiais e espirituais reorganizou-se e ampliou-se.

Tornava-se necessário ampliar as fontes de receitas e simultaneamente satisfazer a devolução dos fieis por esta confraria. Por tudo isto criou-se em 1585 a Irmandade dos Cem Irmãos, que era a reconversão da antiga confraria numa Instituição mais ajustada à realidade da época mas na prossecução dos mesmos objectivos assistenciais.

Passava, assim, a existir mais pessoas para os serviços que a Irmandade prestava bem como mais entradas de esmolas obtidas pelas admissões dos novos membros. Com essas esmolas, com as rendas do património existente e do património ampliado pelas doações e heranças, a Santa Casa dispunha de mais meios que aplicava nas suas obras.

A contabilidade era rigorosa, os tesoureiros, celeiros e mordomos eram os principais responsáveis pela administração dos bens. O recebimento das rendas e as despesas que se aplicavam por autorização da Mesa eram anualmente objecto de verificação. Para além dos membros da Mesa ligados gratuitamente à gestão da Santa Casa da Misericórdia, havia pessoas que mediante um salário faziam os serviços de assistência e os de administração da fazenda quando era necessário fazer cobranças ou receber à justiça.

  1. Actualmente está a considerar-se o ano de 1513 como ano da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Braga, e constituída em Irmandade pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa, mas espera-se, mediante as investigações em curso, encontrar uma data mais aproximada da sua fundação.

Reg Eleitoral.pdf
Regulamento eleitoral
Novo Compr.pdf
Compromisso da Irmandade